Desde que iniciei minha faculdade de Design de Moda, passei a me aprofundar nesse universo e a observar diversas características do mesmo. Uma coisa que sempre me incomodou nas revistas de moda e comportamento eram as regras estabelecidas sobre o que era "in" ou "out".
É óbvio que eu sei a importância das tendências e de mostrar tudo que há de novo a cada seis meses, inclusive, utilizo o meu próprio blog para falar sobre as que mais me agradam. Acontece que a maneira que a mensagem é passada reflete de uma maneira super negativa nas vidas de quem acompanha esses veículos de comunicação. A cada estação, são determinadas as peças que você deve descartar ou adquirir, como se as novas tendências eliminassem automaticamente as antigas.
Aí eu fico imaginando aquela menina que lê uma revista super bacana e se apaixona por uma peça X, passa o ano economizando para adquirir a tão sonhada peça e, quando se dá conta, aquela mesma revista está detonando a tal peça e mandando colocá-la lá no fundo do armário. Será que é justo fazer isso com as pessoas? Será que a moda é assim, tão descartável?
Pra mim, nunca foi. A moda é uma das maneiras mais bacanas de se expressar, de mostrar traços da nossa personalidade e de nos autoafirmar. É muito legal acompanhar tendências, se inspirar nas passarelas e editoriais e saber o que está bombando no momento, mas não podemos nos tornar vítimas de tudo isso. Os sites, blogs, revistas e jornais servem para nos dar dicas, informações e até mesmo nos dar um senso de direção, do que fica melhor em cada tipo de corpo, etc. Mas eles não devem se tornar um livro de regrinhas a ser seguido de cabo a rabo, até porque, como diria Nelson Rodrigues: "toda unanimidade é burra".
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